Reunião na ACEFS discute panorama político e perspectivas eleitorais para 2022

Questões como as eleições de 2022, o cenário político em Feira de Santana e na Bahia, as relações entre os poderes Executivo e Legislativo e as articulações dos partidos para o próximo pleito. Estes foram alguns dos temas abordados pelo jornalista e radialista Jair Onofre de Souza, em palestra realizada no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS).

Foi a primeira reunião presencial desde o início da pandemia, respeitando os protocolos sanitários e a quantidade mínima de participantes. Na verdade, um bate papo sobre a conjuntura política no município nos últimos 21 anos e as perspectivas para 2022, como definiu o presidente da ACEFS, Marcelo Alexandrino. Participaram do encontro dirigentes de outras entidades empresariais, a exemplo da CDL e do SICOMFS.

Jair Onofre, que é diretor do blog Bahia na Política, falou sobre o controle político do grupo que está no poder em Feira de Santana há mais de duas décadas e da hegemonia em tordo de José Ronaldo. Ele lembrou a disputa centrada entre os governos estadual e municipal na última eleição de prefeito (Zé Neto x Colbert Martins), apesar da existência de 9 candidatos e destacou a nova composição do Legislativo.

“É preciso abrir um canal de interlocução entre os dois governos, discutir, de fato, a Região Metropolitana, buscar o entendimento, porque enquanto permanecer esse embate, não resolve nada”, afirmou Jair Onofre, que destacou ainda a importância de Feira de Santana ter uma representação forte em nível federal. “Hoje, os dois deputados federais de Feira de Santana – Zé Neto e Dayane Pimentel – são oposição ao governo”, citou.

Ressaltando o grande potencial econômico de Feira de Santana, que vai muito além da questão dos ambulantes saírem ou não do centro da cidade, Jair Onofre avaliou a capacidade orçamentária do município, de R$1,5 bilhão, sendo que 80% estão concentrados em cinco secretarias: Administração, Saúde, Educação, Serviços Públicos e Desenvolvimento. Lembrou ainda que o orçamento da Câmara Municipal para o exercício atual é de R$31 milhões.

Quanto à composição do Legislativo, o jornalista observou o aspecto da pulverização partidária. Apenas três partidos têm mais de um vereador. Três edis formam a oposição ao governo municipal, pelo menos oficialmente, já que dos 18 governistas, 10 integram o chamado grupo dos aliados, que não seguem exatamente a mesma linha. Já sobre o prefeito Colbert Martins (MDB) Jair acredita que o mesmo estará ao lado de José Ronaldo na disputa em 2022.